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" O senhor dos exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio"
Sl 46.7

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Uma igreja de princípios

A História dos Batistas Conta-se que numa determinada igreja do interior do Brasil, um grupo de pessoas reuniu-se, como de costume, num dos cultos de quarta-feira, com o objetivo de escolher o nome mais adequado para uma nova congregação a ser fundada. Com a mediação equilibrada do pastor, todos os membros presentes puderam dar sua sugestão, democraticamente, antes que a decisão fosse tomada. No calor dos comentários e opiniões livremente expostas, uma idéia de nome causou espanto: "Igreja Batista do Apocalipse 21", propôs um dos participantes mais entusiasmados. Diante da explosão de exclamações de espanto que sucederam a estranha proposição, o pastor solenemente interpelou o autor: "Mas o irmão acredita que esse nome seja biblico?" Para surpresa do ministro que presidia a sessão e de todos os presentes, a resposta veio rápida e certeira: "Só não seria bíblico se a sugestão fosse, por exemplo, Igreja Batista do Apocalipse 23, pois como o senhor bem sabe, não existe esse capítulo na Bíblia", rebateu o fiel. Essa simples anedota exemplifica de maneira clara um conceito fundamental entre os adeptos da Igreja Batista, uma das mais sólidas e conceituadas denominações protestantes do Brasil: a valorização da liberdade e da democracia. Desde seus primórdios, os batistas decidem democraticamente sobre todas as questões que se referem à sua igreja, desde que mantidas as bases bíblicas, das quais não abrem mão. A postura batista com relação a liberdade exercida por seus membros se confunde com a história da igreja. As famosas Declarações de Fé - documentos escritos por teólogos da igreja que através dos séculos reproduzem sua ideologia - já marcavam essa posição
Thomas Helwys, inglês, advogado e estudioso da Bíblia, escreveu um livro intitulado " Uma Breve Declaração Sobre o Mistério da Iniquidade".
No referido livro, ele escreveu aquilo que é um dos mais caros princípios batistas, o principio da liberdade religiosa e de consciência :"... a religião do homem está entre Deus e ele: o rei não tem que responder por ela e nem pode o rei ser juiz entre Deus e o homem. Que haja, pois, heréticos, turcos ou judeus, ou outros mais, não cabe ao poder terreno puni-los de maneira nenhuma".